terça-feira, 6 de julho de 2010

COLUNA SAÚDE MANIA - Professora Carol - O Giro Eterno


O Giro Eterno

As atividades coletivas nas academias tem um ciclo finito, delimitado pela preferência dos alunos. Uma vida útil que depende diretamente da moda, aceitação dos clientes e disposição da direção em bancar financeiramente uma atividade deficitária. Aulas que foram “moda” como ginástica aeróbica, step, aeroboxe são cada vez mais raras de se encontrar. Exemplos de atividades que brilharam muito e já se apagaram. Academias que ainda as possuem, normalmente, são academias menores que tem essas aulas há anos, com uma turma fiel, que nunca aumenta, mas nunca diminui. Conseqüência muito mais da empatia da turma com determinado professor e ambiente, do que do resultado e qualidade.

As mega academias fazem dessa sazonalidade imprevisível de atividades coletivas um diferencial, oferecendo aulas supostamente temporárias. Atividades que entram e saem da grade com a justificativa de serem rotativas, já tendo um prazo de validade na criação, quando, na verdade, é apenas desculpa para a trocarem por outra assim que o número de alunos cair. Funciona por manter um ar de novidade constante. Poledance é um bom exemplo de atividade que virou moda em academias por conta de uma personagem stripper da novela das 8, mas já quase não encontramos mais.
Das atividades que começaram como modismo, passaram a ser uma febre e hoje são padrão em toda boa academia, posso citar o ciclismo indoor (bike, RPM, spinning). Essa atividade estourou com Johnny G em 1995, quando criou o spinning. Ele queria uma aula aeróbica, coletiva e que não exigisse muita coordenação motora, podendo assim ser praticada por alunos de todas as idades e níveis. Modificou uma bicicleta ergométrica e BANG! Tinha sido criada uma das atividades mais viciantes do mundo das academias.

Com o avanço dos conhecimentos sobre biomecânica por parte dos professores as aulas foram sendo aprimoradas, deixando de ser uma pedalada simulando o ciclismo de rua, aonde o praticante pendula demais o quadril forçando excessivamente as articulações, para terem execução precisa e movimentos mais adequados à uma bike estática. Por conta de brigas judiciais e diferença nos estilos o spinning se ramificou em bike indoor, RPM e etc. Mas é comum encontrarmos em academias o termo “spinning” mesmo que a aula já não seja essa, por conta do nome ser mais reconhecível.
Atualmente as aulas são planejadas para promoverem estímulos diferentes, seja simular uma subida de montanha ou uma aula baseada em freqüência cardíaca, por exemplo.

Atreladas aos planos de aula levando em conta todas as modernidades no estudo de ligamentos, músculos e etc, vem músicas contemporâneas, iluminações artísticas, sapatilhas, equipamentos especiais e outros aparatos que mantém a atividade sempre com cara de atual. 15 aninhos com cara de 5.
Com um professor motivante e atencioso, que pedala e sua junto, aulas de bike indoor se tornam uma catarse de saúde e energia positiva. Um pacote total que explica porque tantas atividades passam, mas o ciclismo indoor é eterno.

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